Sanesul investe em energia solar para operar sistemas de saneamento

A Companhia de Saneamento do Mato Grosso do Sul (Sanesul) colocou em operação uma nova central de energia solar na cidade de Sonora. Esta é a quarta unidade implantada e operada pela empresa e faz parte do planejamento estratégico e demanda por energia elétrica dos sistemas de abastecimento de água  que opera no Estado.

A fonte natural apresenta ótimos resultados, é econômica e ecologicamente correta. Este é um investimento com recurso próprio para diminuir seus custos operacionais, sem prejudicar a produtividade e nem a qualidade dos serviços. O valor investido foi de R$ 908 mil reais.

Em Sonora, foram instaladas 376 placas fotovoltaicas, divididas em duas áreas já pertencentes à Sanesul. A ocupação das áreas levou em conta a previsão da expansão do sistema de abastecimento de água com a implantação de mais reservatórios na localidade. De acordo com Aldo Alvarenga do Amaral, engenheiro eletricista da empresa, cada área ficou com 95,88kWp de potência, sendo consideradas micro usinas. Com isso, a economia projetada será de aproximadamente R$ 25 mil reais por mês com as usinas de Sonora. O retorno dos investimentos acontece em cerca de três anos.

Mais projetos

Desde 2020, a Sanesul utiliza a energia solar no Complexo Maria Cecília Barbosa, em Campo Grande, onde ficam os departamentos comercial, almoxarifado, gerência de manutenção e o laboratório central. Em 2022 também foi inaugurada a central de Ivinhema.

A Sanesul já tem quatro sistemas próprios de geração de energia fotovoltaica:uma micro usina instalada no Complexo Maria Cecília Barbosa (58kWp), uma no pátio da Sanesul em Ivinhema (96kWp), e as duas em Sonora.

As usinas foram implantadas com recursos da própria empresa e os quatro projetos foram coordenados pela Gerência de Manutenção da Sanesul – GEMA, ligada à Diretoria Comercial e de Operações.

A energia elétrica é um dos insumos mais onerosos, mas necessário para operar os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água. Por isso, busca aprimorar a eficiência energética em todo o processo com alternativas de geração de energia elétrica através de projetos sustentáveis, como no caso da micro usinas de energia fotovoltaicas.

Novo mercado

O marco do saneamento criou um ambiente competitivo que obriga as companhias estaduais a investirem em experiências consolidadas e outros setores do mercado. Com isso, o conhecimento e desenvolvimento de estratégias de gestão empresarial de operação e/ou manutenção dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, passou a ser um diferencial de fortalecimento para se manter, prosperar e crescer no setor.  Para o enfrentamento desse cenário, a diretoria executiva da Sanesul tem discutido para que a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul possa ingressar na modalidade de mercado livre de energia.

“A ideia é utilizar a gestão de mercado livre para a obtenção de novas fontes de energia renovável, mantendo a qualidade no fornecimento e na distribuição de energia”, diz o engenheiro Elthon Santos Teixeira – gerente de Desenvolvimento Operacional.

O principal benefício levantado é a redução nos custos para a empresa. A previsão é ter redução de custos no médio e longo prazo, acima de 5 anos, a partir da atuação dentro do mercado livre de energia. “A economia pode chegar a 50% de desconto tanto pela compra de energia incentivada quanto pela diversificação dos fornecedores, estimulada pela competitividade e concorrência desse novo mercado” avalia o engenheiro Ubirajara Marcheti dos Santos – gerente de Manutenção da Sanesul.

Casan também adota energia solar

A Companhia de Saneamento de Santa Catarina (Casan) iniciou o processo licitatório para instalação de uma usina fotovoltaica (energia solar) na maior estação da companhia, que fica no município de Palhoça, na Grande Florianópolis.

Entre os principais benefícios do projeto, estão energia livre de tarifas por 25 anos, previsão de retorno do investimento em cinco a seis anos e a não incidência de bandeiras tarifárias, que elevam os preços praticados.

A capacidade da estação de tratamento, que abastece cinco municípios da região metropolitana (Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, São José, Biguaçu e Florianópolis (Centro e região continental), equivale a 180 mil reservatórios de 1.000 litros.

 

 

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