SAIBA MAIS sobre o PDDrU Gravataí

Enchente é um fenômeno natural dos regimes dos rios que se espraiam em sua área de inundação.

Não existe rio sem enchente.

Ela passa a ser um problema para o homem quando não são respeitados os limites naturais dos rios.

Por isto as várzeas e as matas ciliares precisam ser preservadas. 

Os banhados – chamados tecnicamente de “áreas úmidas” – podem ser considerados como o útero do planeta por servirem de berçário para muitas espécies de plantas e animais.

Além disto, estas áreas protegem contra tempestades e ventos fortes[1].  As plantas e os solos das áreas úmidas desempenham uma função importante na depuração da água eliminando as altas concentrações de nitrogênio e fósforo e, em alguns casos, produtos químicos tóxicos.

Os especialistas da área de drenagem ressaltam pontos importantes na elaboração e execução de um plano diretor de drenagem, como de dispor de dados atualizados e identificação das zonas de inundação; ter rede separadora e tratamento para o esgoto sanitário; estabelecer tarifa de esgoto e de drenagem; ter uma instituição local para execução do plano e gestão da drenagem e águas pluviais e sincronismo com as demais instituições locais de áreas afins, como a de obras, por exemplo. Além disso atualizar e amplia a rede hidrológica e sistema de alerta e pensar em incentivos à disponibilização de áreas de infiltração nas residências e/ou mecanismos de compensação;

Um papel importante está destinado à população, uma vez que lhe são atribuídas responsabilidades de atuação para o sucesso do Plano. Por isso é fundamental mantê-la informada sobre a sua participação para que o sistema funcione. O que inclui:

  • A ligação das casas à rede coletora de esgoto cloacal,
  • correta destinação do lixo,
  • aceitação da tarifa de drenagem como um instrumento de prevenção
  • reconhecimento de que a ocupação das zonas ribeirinhas representa um risco à saúde, à preservação de seus bens e até mesmo de sua vida.

Metas do PDDrU Gravataí

  1. Planejar a distribuição de águas pluviais no tempo e no espaço, considerando as tendências de ocupação urbana, de forma a compatibilizar esse desenvolvimento com a infraestrutura existente, evitando danos econômicos e ambientais.
  2. Controlar a ocupação de áreas de risco de inundação por meio de regulamentação.
  3. Estabelecer estratégias para conviver com as enchentes em áreas de baixo risco, com diretrizes urbanísticas definidas pelo Plano Diretor Urbano.

Abrangência das propostas do PDDrU

  • Estruturar o cadastro da rede de drenagem;
  • Prever distribuição territorial da população da cidade;
  • Delimitar das faixas de Áreas de Preservação Permanente (APP);
  • Avaliar as inundações para as sub-bacias do Arroio Barnabé, Demétrio, Brigadeira e Rio Gravataí 1 e 2;
  • Estabelecer soluções para os problemas de inundação e alagamentos no território municipal: drenagem urbana e inundações ribeirinhas (zoneamento);
  • Desenvolver proposta de recuperação de custos;
  • Proposta de gestão de inundação na gestão da infraestrutura urbana;
  • Estabelecer políticas de drenagem no município, com controle da urbanização;
  • Elaborar cadernos temáticos e manual de drenagem e manejo de águas pluviais.

[1] O último tsunami que afetou a Ásia deixou praticamente intactas as áreas cuja vegetação costeira tinha sido preservada.

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