“Não vamos culpar os rios pela desídia e descaso dos homens, frente às forças da natureza.
Na margem do rio, há sempre segredos a fluir,
na dança das águas, um convite a sorrir, ou também a destruir.
A ponte é testemunha da jornada a tecer,
A sabedoria sussurra: antes, saber e entender.
No curso das águas, reflexos a decifrar,
O caminho se desenha ao se rebelar da incúria do ser atabalhoado.
Não precipite passos, deixe o rio guiar,
Pois na paciência, a verdade deve brilhar.
A ponte espera, como elo a conectar,
Entre o aqui e o lá, um tempo a respeitar.
Antes do cruzar, o rio aprender, pois a sabedoria flui, como o rio a correr.
Não precipite fatos.
Aguarde atos.
Mantenha contatos
Já que distratos não resolvem o que aconteceu.
Não se pode nunca reviver o passado de um Coliseu.
Aonde a volúpia ensandecida dos imperadores.
Marcou seus horrores.
Faça o melhor de si.
E viva momentos de aprendizado.
De nada adianta ficar parado.
O rio corre no seu curso.
Independente de discurso.
Pois cabe ao homem direcionar todo e qualquer percurso, sob pena de morrer de susto.
A atitude dever carregar a amplitude.
E a razão impor um caminho que faça do ser.
Um aprendizado de sempre querer. Sempre o melhor para continuar a viver”.
Sobre o autor
Este texto é de autoria de um poeta nato: Voltaire Marensi.
E mostra como a água também inspira a criar poesia e arte. E sobretudo tem importância para gerar reflexão porque vem de uma pessoa cuja atuação na área jurídica nunca teve relação alguma com gestão das águas.
Como ele próprio explica, “nunca tive experiência alguma com gestão na área das águas, mas o sentimento e o amor pela natureza e pela vida me encantam muito”.
E diz:
A nossa vida tem uma enorme simbiose com a natureza já que ela acalenta nosso viver.